domingo, 10 de março de 2013









3) Calcule o momento de inércia de um triângulo retângulo do tipo (3;4;5) em torno do eixo que coincide com o cateto menor. Considere que a massa está uniformemente distribuída sobre toda a superfície do triângulo.




domingo, 3 de março de 2013


Biografia

No dia 11 de maio de 1918, nasce em Nova York Richard Philips Feynman. Apesar de ser um nova-iorquino, passou sua infância na pequena cidade de Rockaway, localizada na “saia” sul de Manhattan. Sua família possuía uma estabilidade financeira sem que se apresentasse rica ou pobre, e desde novo, Richard Feynman passou pela experiência de trabalhar na indústria sem que fosse muito cobrado por isso, o que lhe trouxe , ainda jovem, a experiência de ser um homem livre.
 Desde antes de seu nascimento, seu pai Melville tomou a decisão de que se seu filho fosse menino, ele se tornaria um cientista. Isto era na verdade, o reflexo de um sonho que Melville não conseguira concretizar e que visualizava em seu filho. A condição relativa ao “fosse menino” na verdade foi fundamentada no fato de que naquela época não era comum que mulheres ingressassem em universidades, tampouco seguissem a área acadêmica. Mesmo assim, a irmã mais nova de Feynman, Joan, se tornou mais tarde uma astrofísica, seguindo carreira acadêmica e concedendo grandes contribuições para a ciência.
A abordagem do pai Melville para com seu filho Richard, desde que este era muito novo, sempre foi algo muito sutil para que o filho não percebesse que o pai projetava no menino seus próprios sonhos. Dessa forma, Melville sempre tentou fazer com que Feynman despertasse curiosidade pelas coisas que ele não sabia e doutrinou-o com o pensamento de que uma boa pergunta é mais importante do que sua própria resposta e que se os questionamentos são bem feitos, a própria ciência trará as explicações naturalmente.
 Sua mãe também teve forte influência sobre sua formação, pois enquanto seu pai o ensinava como seguir seu caminho profissional, ela se encarregou de passar-lhe uma de suas mais fortes características: eu senso de humor.
Ainda na escola, Richard Feynman conheceu Arline Greenbaum, com quem compartilhou seu gosto pela vida e se tornou confidente. Foi da própria Arline, alguns anos depois, quando já estava casados que Feynman recebeu um dos melhores conselhos de sal vida: “Por que se importar com o que os outros pensam?”.
Enquanto Richard e Airline eram inseparáveis, Feynman sempre levou em paralelo na sua mente seu projeto de entrar na universidade. Ao decidir seu curso, Feynman entrou em grande dúvida pois durante a escola sempre teve dom para todas as ciências e cogitou inclusive se tornar matemático. Sua decisão final, entretanto, foi a de cursar física. Foi aceito no Massachussets Institute of Technology e após cursar quatro anos de sua graduação lá, mudou-se para Princeton como aluno de pós-graduação enquanto simultaneamente se tornou noivo de Airline.
De repente, Airline começou a apresentar os sintomes de uma doença gravada semelhante a uma tuberculose, e Feynman viu como ação imediata casar com Airline e se tornar o responsável por ela mesmo que toda sua família reprovasse a atitude por causa de um doutorado não acabado. Eles se casaram em uma cerimônia civil extremamente simples.
No período da Segunda Guerra, Feynman ainda estava em Princeton e se destacou pelos seus talentos físicos e matemáticos. Foi chamado por Robert Wilson para o Projeto Manhattan, o que recusou inicialmente, mas após refletir sobre a possibilidade de os nazistas construírem uma bomba nuclear aceitou o convite e se mudou para Los Alamos, levando Airline a um hospital em Albuquerque. Feynman entrou no regime de trabalhar durante a semana no projeto da bomba e aos finais de semana dirigir algumas milhas para ver Airline.
Airline faleceu alguns meses antes da detonação da bomba, Richard estava ao seu lado quando isso aconteceu e depois mergulhou-se somente em seu trabalho, quando em 1945 pode ver a detonação da primeira bomba nuclear.
No fim da guerra ele aceitou um carge de professor em Cornell University mas perdeu um pouco de sua inspiração. Logo depois foi convidado para trabalhar no Instituto de Estudos Avançados de Princeton o que o fez refletir pois achava que seus melhores dias já haviam passado. Ele aceitou o cargo e se regenerou intelectualmente, sendo que em pouco tempo já estava trabalhando na sua tese de ph.D em mecânica quântica.
Além dessa tese que envolvia uma roupagem nova na probabilidade de uma transição quântica, Feynman também revolucionou a teoria da superfluidez do hélio líquido e super-resfriado aplicando a equação de Schrodinger e também abriu os primeiros questionamentos sobre supercondutores com John Bardeen, Leon Cooper e Robert Schreiffer.
Durante os anos 1950, ele se casou com sua segunda esposa, Mary Lou, mas isso não durou muito tempo e eles se divorciaram. No início dos anos 60 ele foi a uma conferência na Europa onde conheceu sua terceira e última esposa Gweneth Howarth com quem teve seu único filho Carl e o acompanhou até o resto de seus dias.
A partir da década de 60 Feynman começou a lecionar física na Caltech, Califórnia e decidiu-se dedicar totalmente ao ensino da física, pois acreditava que poderia fazer a diferença no ensino de física no mundo. Foi nessa época que escreveu seus três livros que ainda hoje são adorados por estudantes do mundo inteiro.
No outono de 1987, os médicos descobriram um segundo tumor canceroso, que foi operado mas deixou Feynman debilitado fisicamente e com muita dor. Em pouco tempo ele voltou ao hospital e foi descoberta uma úlcera gastrointestinal e falência renal. Feynman ainda passou por alguns meses de diálise e em 15 fevereiro de 1988 ele faleceu em Los Angeles.

Visita ao Brasil

Feynman havia começado a fazer aulas de espanhol devido ao seu desejo em visitar a América do Sul. Entretanto, diante do convite do brasileiro Jaime Tiomno, o americano decidiu passar o verão em nosso país e começou a aprender português.
Ele desembarcou em Recife e não demorou para que ele viesse a descobrir que seu voo para o Rio de Janeiro havia sido cancelado. Enquanto esperava na cidade pelo próximo voo, ao se deparar com um carro que havia caído em um buraco, Feynman percebeu uma grande diferença cultural entre os americanos e os brasileiros: “quando nós cavamos um buraco, haverá todo tipo de sinais e luzes para nos proteger. No Brasil, eles cavam um buraco e, quando acaba a jornada de trabalho, eles simplesmente vão embora”.
No Rio de Janeiro, Feynman deu uma palestra na Academia Brasileira de Ciências. O idioma usado na ocasião costumava ser o inglês, mas como o americano havia preparado seu texto em português, ele resolveu apresentá-lo na língua local. O palestrante seguinte, inspirado por Feynman, também apresentou em português. Feynman chegou a dizer: “até onde sei, mudei a tradição da língua utilizada na Academia Brasileira de Ciências”.
Feynman gostou tanto do Brasil que voltou um ano depois. Ele tinha uma grande vontade de conhecer a música brasileira e, por isso, foi convidado por um funcionário da Embaixada Americana para acompanhar os ensaios de um pequeno grupo de samba. Lá, Feynman aprendeu a tocar pandeiro de uma forma satisfatória. Quando se aproximava a época do carnaval, o americano foi convidado para participar de uma escola de samba chamada Farsantes de Copacabana. Ele escolheu como instrumento a frigideira, aprendeu a tocar e praticou bastante, a ponto de ser até elogiado pelos brasileiros.
Ainda no Brasil, Feynman deu aula para uma turma de estudantes que pretendiam se tornar professores. Ele teve uma experiência interessante e constatou, após investigar, que os alunos haviam decorado tudo o que sabiam, sem saber realmente do que se tratava. O americano também participou de uma palestra em uma faculdade de engenharia e acompanhou um exame de admissão, também relacionado à engenharia, o que acabou ratificando sua ideia inicial sobre os estudantes brasileiros. Ele também ficou surpreso com o fato de os alunos não fazerem perguntas durante a sua aula, em um curso na faculdade de engenharia.
Feynman deu uma palestra sobre as suas experiências com o ensino no Brasil ao final do ano acadêmico. Entre diversas críticas, ele chegou a dizer que o principal propósito de sua apresentação era provar que não se estava ensinando ciência alguma no Brasil. Em suas palavras: “não há ciência, mas memorização”.


Bibliografia